Curiosos que visitaram o Blog

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Minhocas na cabeça


Pra vcs entenderem aquela ideia que eu passei (tentei passar) pra vcs... Até sexta, jucagagados!
Ana V.

O CORPO SONORO (Lenine Martins e Ricardo Garcia)

Conceitos relacionados à música e à composição musical, como altura, timbre, ritmo, velocidade, repetição, simultaneidade, servirão como ponto de partida para composição da partitura cênica. A relação ampliada do ouvir/reagir aos estímulos sonoros é buscada através de exercícios práticos que potencializam o trabalho do ator, em sua relação com os elementos de composição da cena, tais como o som e o espaço. A conexão entre audição e imaginação é também um dos princípios de trabalho do Corpo Sonoro. Dada a materialidade do estímulo sonoro, a sensação que proporciona o ouvir é física, vibratória e, portanto, precisa ser trabalhada no plano real e não apenas no ficcional pelo ator. O som, pensado a partir dessa perspectiva, funciona no corpo do ator como elemento de ativação do imaginário, concepções de mundo que podem ser explorados em cena.  

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Minha Canção

Aurélio, o jumento

Nasceu filho único. Nas suas vagas lembranças da mãe vê uma figura dócil e protetora. Nem bem desmamou foi vendido pelo patrão de sua mãe a um vizinho.
Chegando em sua nova casa conheceu João Roberto, o filho do patrão. O sonho de João Roberto era ser famoso, um doutor, por isso tinha muitos livros e estudava muito. Aurélio e João Roberto se tornaram bons amigos. Nas horas que não estava carregando alimentos da fazenda para vender na cidade com o patrão, Aurélio e João Roberto estavam sempre juntos.
Aurélio levava João Roberto e seus livros pela fazenda todos os dias. Um dia iam a um lago, no outro a uma cascata, em outro a um bosque vizinho. João Roberto se acomodava como podia, abria seus livros e os lia em voz alta para Aurélio. E dia após dia os dois iam ficando mais cultos, mais inteligentes.
Chegou o dia de João Roberto ir a tão sonhada faculdade. Na sua despedida disse a Aurélio: “Vou me formar doutor. Volto para ver para você sempre que puder”.  E após um carinho no lombo de Aurélio, João Roberto embarca no carro do pai e segue rumo a cidade grande.
Naquela mesma noite, de longe, Aurélio ouve choro e desespero vindo da casa do patrão. Chega mais perto para ouvir, e tem a trágica notícia que João Roberto havia morrido em um acidente de avião. Fica agitado, desesperado. Não dorme pensando no que ouvira. Podia ter entendido mal. Devia ter entendido mal.
Mas na manhã seguinte, chega um carro funerário com o corpo sem vida de João Roberto. Aurélio permanece junto a janela durante todo o velório, apesar da insistência dos humanos para que se afastasse.
A família segue para o enterro no cemitério da cidade. E Aurélio segue de longe o cortejo. Escondido por detrás de algumas árvores assiste o funeral de seu grande amigo que tinha o sonho de ser famoso, um doutor.
Os carros dos familiares vão indo embora. E Aurélio fica. Cemitério vazio. Aurélio se aproxima do túmulo de João Roberto e se despede pela última vez com uma promessa. “Eu vou a cidade ser famoso por nós dois”.

Estilo musical: Rap.
Música: Dezesseis (Renato Russo).
Trabalho: catador de papéis.

Dezesseis
Composição : Renato Russo

Napolão, o cachorro

Nasceu de uma ninhada e 6 filhotes. Seu pai Duque, um Dog Alemão pertencente a uma família vizinha e sua mãe Mel, uma linda boxer dourada. Mel, além de ser a sentinela da fazenda, depois do parto tornou-se uma cachorra doce e muito atenciosa com todos os seus filhotes.
Napoleão adorava brincar com os irmãozinhos de rolar, morder, correr atrás um do outro.
Quando tinham 2 meses viu aos poucos seus irmãozinhos indo embora. Ele não entendia por que. Os humanos chegavam, brincavam com eles, faziam carinhos e quando se davam conta iam embora levando um deles. E sua mãe ficava muito triste a cada separação. Ele, não querendo deixar sua mãe sozinha se escondia cada vez que aparecia um humano para “ver” a ninhada. E assim acabou ficando na fazenda.
Alguns meses depois sua mãe morreu defendendo a fazenda de lobos, que a atacaram. Seria dele agora, a função de guardião da fazenda.
Apesar de ter sofrido com a perda dos irmãos e da mãe, Napoleão vivia tranquilamente, brincando com os outros animais da fazenda, fazendo bagunça, roubando roupa do varal (só as brancas, eram mais vistosas) e levando para as poças de lama para deixá-las ainda mais bonitas. Entrava freqüentemente na casa do patrão pois adorava dormir no sofá da sala, espiar em cima da mesa e atacar as guloseimas que lá estavam e que conseguia alcançar. Mas isso não agradava muito seu patrão.
 Foi então que ele foi mandado para o “adestramento”. Ficou por 2 meses num canil especializado em comportamento canino. Lá ele aprendeu o significado de várias palavras como senta, deita, morto, pega... e a principal delas, o “NÃO”. Aprendeu que devia seguir as regras, ser obediente sempre. Aprendeu que a desobediência traria doloridos castigos. E foi assim que se tornou verdadeiramente o cachorro que seu patrão queria. E se acostumou com a situação, não sabendo como viver sem o comando de alguém. Às vezes lembrava da infância feliz, mas não saberia mais como ser aquele cachorro espontâneo e brincalhão. A vida lhe ensinara a ser um seguidor, um servo.
Até quando certo dia, na rotina de sua tarefa de vigiar e proteger a fazenda, aparecem lobos. Nesse momento ele lembra de sua mãe e como foi trágico o seu destino na tentativa de defender a fazenda. Seu patrão gritava com ele, para que atacasse. Mas ele não podia. A imagem de sua mãe não lhe saia da cabeça. Foi então que ele ser rebelou, e resolveu fugir. Sim, fugir seria a solução. E foi assim que atravessou as cercas de arame farpado da fazenda e sumiu em direção a cidade.
Estilo musical: MPB.
Música: Metal Contra as Nuvens (Renato Russo).
Trabalho: soldado de exército, policial.
Metal Contra As Nuvens
Composição : Dado Villa-Lobos/ Renato Russo/ Marcelo Bonfá

Amanda, a gata

Gata angorá de pelagem branca e macia, Amanda nasceu de uma ninhada de 5 filhotes. Nos seus primeiros meses de vida era muito protegida e amada por sua mãe Katy e seus irmãozinhos.  Brincava muito de rolar, de arranhar o sofá da casa dos patrões da mamãe Katy, de desenrolar novelos de lã que ficavam em uma cesta perto do sofá, que Katy pacientemente explicava para não mexerem... mas era tão colorido tão lindo, que Amanda e seus irmãozinhos não resistiam.
Quando completaram 2 meses, todos os filhotes foram levados a um Pet Shop. Ficaram em uma vitrine, dentro de uma gaiola.  Felizmente, em poucos dias Amanda ganhou uma patroa e uma casa nova. Era um apartamento lindo, e Amanda tinha uma almofada só para ela. E ainda melhor, a patroa de Amanda tinha uma filhinha chamada Sabrina.
Sabrina era muito carinhosa com Amanda. Sempre que chegava da escola, brincava com Amanda até a hora que a mãe de Sabrina a manda ir deitar.
Quando Sabrina ia dormir, Amanda se acomodava no peitoral da janela da sala, de onde conseguia ver o movimento da rua. Via os gatos da vizinhança passeando, cantando, se divertindo. Ouvia, ainda que de longe, suas aventuras em busca de comida. Acompanhava também muitas histórias românticas dos gatos e suspirava com elas. Era como se assistisse a uma novela. Acompanhava todas as noites os capítulos de “Gatos Boêmios”. Às vezes arriscava até cantar com eles, mas quanto a patroa ouvia, fechava as cortinas e a mandava dormir.
Amanda dormia e sonhava com os gatos boêmios da rua, e se via junto a eles. Estava acostumada a esta rotina de todas as noites assistir os gatos por trás da vidraça e depois dormir e se encontrar com eles nos seus sonhos. Vivia em um mundo feliz preso a sua imaginação.
Numa linda noite de lua cheia, quando assistia aos gatos pela vidraça, sentiu a presença de um gato em especial. Era ele, Ígor, o mais belo dos gatos. Ele tinha uma pelagem tigrada, laranja e palha. Os olhos mais brilhantes que já tinha visto. E quando cantou.... ah, quando cantou ela ouviu aquela voz grave e macia, sentiu algo diferente.  Sentiu que precisava chegar mais perto, poder sentir, tocar em Ígor. Mas a razão falou mais forte que a emoção, “ele nem me enxerga aqui, melhor deixar como está”.
Até que uma noite, olhando para a vidraça, Ígor cantou:
 “Basta olhar no fundo dos meus olhos pra ver que já não sou como era antes
Tudo que eu preciso é de uma chance de alguns instantes
Sinceramente ainda acredito em um destino forte e implacável
Em tudo que nós temos pra
viver.
É muito mais do que sonhamos. Será que é difícil entender?
Porque eu ainda insisto em nós. Será que é difícil entender?
Vem andar comigo, vem, vem meu
amor.
As flores estão no caminho.
Vem meu amor, vem andar comigo, vem andar
As flores estão no caminho
Vem amor, vem andar comigo”
E ela percebeu que ele cantava para ela. Era como uma serenata. Amanda não teve dúvidas, escapuliu do apartamento e foi se juntar a gataria, e a um gato em especial, Ígor.
Foi uma noite maravilhosa. Cantou, dançou, ouviu histórias, contou a sua história e namorou Ígor. Parecia um de seus sonhos, mas sabia que era real. Nunca se sentira tão feliz.
Em um beco perto dali, se aconchegou num macio saco de lixo, que nada lembrava sua almofada, mas era suficientemente confortável para dormir um pouco. Quando acordou Ígor havia sumido. Foi quando Vicente, o gato mais velho do bando, lhe entregou um bilhete de Ígor que dizia:
“Te via todas as noites através da vidraça de um lindo apartamento. Me apaixonei. Cantava para você. Sonhei com o dia que você viria cantar comigo. Foi mágico, maravilhoso. Mas ao conhecer sua história, resolvi me afastar. Você tem tudo de que precisa, na hora que precisa. A vida aqui em baixo pode ser divertida às vezes. Mas também é perigosa e dura. Você não está preparada para sobreviver aqui. Vou embora deixando um pouco de mim aí. Mas sei que para você será melhor assim.”
E assim ela fez. Voltou para casa. Ao chegar o porteiro a reconheceu e chamou sua patroa. Sabrina ainda tentou pegá-la no colo, mas sua mãe não deixou e enxotou Amanda porta a fora. Indo embora, ouvia Sabrina chorando e sua patroa dizendo para o porteiro:  “passou a noite na rua, deve estar cheia de sarna e pulgas”.
Foi assim que Amanda se tornou uma gata boêmia de rua. Tem esperança de um dia reencontrar Ígor, mas não é o mais importante. Hoje é feliz saindo todas as noites com a gataria a cantar e dançar, livre como todos os gatos devem ser.

Estilo musical: Rock.
Música: Amor Platônico (Renato Russo).
Trabalho: artista.
Amor Platônico
Composição : Legião urbana

Glória, a galinha

Ela ainda lembra quando estava no ovo, sendo chocada pela sua mãe. Era quentinho e ela se sentia protegida. E ia crescendo, crescendo até que o ovo começou a rachar e ela conheceu o mundo. Sua mãe sempre a aninhava debaixo de suas asas para dormir. Adorava brincar de correr pelo terreno da fazenda com os outros pintinhos, bicar minhocas, aprender a ciscar imitando as outras galinhas. Quando já era uma franguinha conheceu Fred, um galo vistoso, de crista grande e peitoral definido. E passou a ser uma das dez galinhas do haren de Fred. Todos os dias botava ovos que o patrão buscava para vender.
Certo dia chegou a fazenda um caminhão, contendo fornos e fogões  industriais, freezers e outros equipamentos que foram descarregados em um galpão recém construído pelo patrão. Depois desse dia via diariamente as galinhas mais velhas sendo levadas para esse galpão. Uma das primeiras foi sua mãe, que partiu feliz e na despedida mencionou que o galpão era um galinheiro de repouso, já que produzira tanto a vida inteira.
Nos dias que seguiram, o patrão não passava mais para recolher ovos, então ela entendeu que chegara a hora de ser mãe. E chocou seus ovos com todo amor que podia até nascerem seus pintinhos. Eram tão pequenos, tão frágeis. Ela deveria ser o porto seguro daquelas lindas criaturinhas. Conforme iam crescendo, sentia orgulho dos filhotes que ficavam cada dia mais vistosos.
E assim passavam-se os dias. Cuidando dos filhotes e vendo com certa desconfiança outras galinhas sendo levadas para o “galinheiro de repouso”. Até que um dia, estranhamente, não levaram só as mais velhas, levaram também alguns franguinhos pouco mais velhos que seus filhotes. Resolveu investigar.
Fez um pequeno vôo, esforçando-se ao máximo, já que suas asas não lhe permitiam voar muito alto. Mas foi o suficiente para alcançar a soleira da janela do galpão. E viu, com pavor estampado nos olhos, o patrão e alguns funcionários da fazenda matando e depenando as galinhas e frangos levados naquele dia. As galinhas eram preparadas ensopadas e os frangos colocados nos fornos para assar. Entrou em pânico e voltou correndo ao galinheiro para avisar os demais. Mas era tarde demais. Estavam levando seus filhotes. Ainda ouviu o patrão falando feliz para um dos funcionários: “Temos uma grande encomenda de frangos assados para amanhã. Terá festa na cidade.”
E no auge de sua tristeza se recolheu ao seu ninho, tentando se esconder do mundo e de si mesma. No seu ninho tentou botar um ovo. Pensou que talvez, se tivesse mais um filhote, um somente, que pudesse esconder do mundo e proteger, pudesse amenizar a sua dor. Mas não conseguiu. Nunca mais conseguiu.
Em uma noite fria resolveu que era hora de sair daquele lugar. Não conseguiria sobreviver ali, com a lembrança do trágico dia em que descobriu a verdade sobre o galpão. Fugindo, quem sabe conseguiria levar consigo apenas as boas lembranças.

Estilo musical: Romântica.
Música: Love in the Afternoon (Renato Russo).
Trabalho: dona de casa.

Love In The Afternoon
Composição : Renato Russo

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A Gata Sibele

     Sibele era uma gatinha pequeneninha , curiosa, com aparência frágil, mas com olhos muito fortes e muito intuitiva que morava numa casa de reprodução de gatos, Sibele sempre se sentiu diferente dos outros gatos que ali ficavam sendo cheirosos, delicados e manhosos. Um dia uma moça levou ela para seu apartamento, como Sibele se sentia tão sozinha no meio daqueles gatos cheios de não me toques, o carinho que sua dona lhe dava, a fazia bem, mas Bruna ( sua dona) só chegava a noite e Sibele ficava sozinha o dia inteiro. Um dia Bruna foi trabalhar e esqueceu a porta aberta, Sibele no começo ficou meia assim de sair, pois bruna poderia ficar braba, mas Sibele não resistiu seu instinto de liberdade. Ela conseguiu chegar somente até o gramado do prédio, mas já foi o bastante para ela ver o que era realmente uma vida, e aquele 15 minutos que ela ficou antes do porteiro leva-la de volta para o apartamento. Ela viu um grupo de gatos de rua passando, cantando e dançando, um daqueles gatos a convidou para ela ir junto, e nisso o porteiro a pegou. Ela ficou com aquilo na cabeça o dia inteiro, quando a noite sua dona durmiu, ela deu um jeito de fugir e foi lá com o gatedo, e ela realmente viu o que é liberdade, felicidade e amizade. Percebeu que sua dona não a carinhava como ela precisava e ela foi em busca do que ela sempre sonhou, agora ela entendeu porque se sentia tão diferente dos outros, ela tinha algo a mais para mostrar ao mundo.

Galinha Cally

     Cally é uma galinha mamãe, cuidadosa e muito amorosa com seus pintinhos, sua mãe já chocava ovos para essa fazenda, mas ela nunca aceitou o modo como seu sono tratava todas aquelas galinacêas,toda vez que vinham arrancar seus ovos, seus futuros filinhos, é como se cortassem um pedaço dela e levassem para longe, toda vez que faziam isso ela guardava uma raiva muito grande dentro dela, Cally era transtornada e complexada. 
     Até que Cally ficou velha, e seu dono queria fazer dela canja de galinha, quando viu que isso iria acontecer , juntou toda a sua dor e sua raiva , saiu batendo asas e picando todo mundo, até conseguir fugir da fazenda, era o único jeito dela ficar viva e lutar pelos pintinhos que ainda viria a ter.
a foto tá virada tá, mas no me computador aparece certa ):

/kakau





Jumento Juvenal

     Desde  sempre Juvenal levava sua vida como sempre aprender, seu dever no mundo era carregar as coisas para os outros. Aprendeu com sua mãe, e mesmo teimando, aceitou de tanto ouvir do outros seu dever.
     Trabalhando de Sol a Sol, 395 dias por ano, ao lado de outros jumentos que aceitavam sua missão tão facilmente, queria entender porque ele é que tinha que ter essa missão, para ele injusto, já que todos os outros também podiam o fazê-lo. Depois de ver sua mãe jumenta morrer de tanto trabalhar, descaderada, levou seus sonhos antigos adiante, percebeu ainda mais que trabalhar e chegar a fazer um favor aos outros, para depois morrer sem o mínimo de dó, era mais que uma injustiça, era uma desumanidade. Juvenal viu seus amigos serem sacrificados por doenças crônicas devido ao peso que levavam, mas ele sabia que isso não aconteceria com ele. De madrugada pegou a estrada, para a cidade, onde ia uma vez por semana comprar comida com o animal que era seu dono. Ele sabia que lá era mais perigoso ainda, mas era a única chance de ser livre, e lá foi ele em busca de seus ideias.


música do Juvenal: A marca da Ferradura (Lourival dos Santos)
/kakau

Cachorro Dipsy

      Um cachorro um pouco atrapalhado, muito fiel e obediente, assim que Dipsy é desde que chegou a fazenda do seu Onofre aos quatro meses, trazido pelo filho de seu patrão, da ninhada do fazendeiro vizinho.
      Dipsy fazia seu trabalho diariamente, ajudava com com as madeiras, corria atrás das ovelhas,pegava tudo que seu dono pedia, não que ele gostasse daquela vida, mas estava acostumado, tinha aceitado. Um tempo se passou até que um dia seu dono pediu algo para Dipsy buscar, mas Dipsy nao ouviu pois estava começando a ficar velho, seu dono deu uma camassada de pau, tão, mas tão grande, que Dipsy se assustou, se revoltou e fugiu da fazenda para nunca mais voltar, largou sua vida acomodada e aceitável. Foi em busca de algo melhor.


música que lembra Dipsy em estilo rock brasileiro de protesto 
/kakau

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A gata Xica


Xica, uma gata rica, muito rica, que morava numa casa de ricos, muito ricos. Tinha tuuuuuuudo o que queria, a melhor ração light que tinha no mercado era dela, a melhor água filtrada era dela, o melhor shampoo pra gatos era dela, tudo de bom, era pra ela. Mas tinha um porém, seus donos trabalhavam e não ficavam muito em casa. Só ficava em casa a empregada que chegava de manhã ficava na cozinha fazendo a comida, assistindo a Ana Maria Braga e a TV Globinho, chegava de tarde de olho no Vale a Pena Ver de Novo, e a coitada da Xica não tinha a atenção que merecia.
Xixi (vou chamar a Xica assim, pode? kk), tendo isso tudo de mordomias, se sentia sozinha.
Chegado um dia, Xixi pegou suas trouxas e saiu. Era de madrugada, uma noite bem fria, (-2º). Ela então, foi andando pela rua do seu bairro, andou, andou, até que chegou na igreja. Ficou la, na escadaria, onde dormiu e ficou até de manhã quando escutou o sino bater avisando que era seis da manhã, dai Xica sonhando, sonhando e acordou e tomou um susto do 'Baralho'. Acordou toda assustada, morrendo da fome, não sabia pra onde ir, (não queria voltar de jeito neeeenhum para aquela casa). Então, olhando para os lados, viu um rato perambulando por ali, ela então deitou, se fingiu de morta, sóóóó esperando o rato chegar perto dela (até parece que o rato vai chegar perto de um gato, mããs kk), daaaaai o rato veio chegando perto da Xica, veio cheirando o chão, como não queria nada, aaaaaah, até que Xica deu o bote, pegou-o pela nuca, deu um chute no saco do coitado do rato, viu ele se espremendo de dor, deu um chute na barriga, mordeu as costas dele, e o matou. Coooooomeu ele, todinho. Quem passava por lá, só via sangue, muito sangue (parecia cena de parto normal).
Com a barriga cheia, andou por ai, a procura de água (aquelas lombrigas era mó salgada, diz a gata), então, chegou perto de uma poça de água e tomou, gota por gota.
Naquele dia era muuuuuuuito frio, ela andando e naquele centro da cidade só tinha árvores, árvores, que davam muita sombra na calçada, e o frio dominava o corpinho sexy de Xica da Silva. Até que avistou a uns quatrocentos metros a frente um lugar que não tinha as malditas das árvores, era na frente de um Pet Shop. Ela não viu, e ficou la naqueeele maravilhoso sol se esquentando, até que então, Xica escutou passos vindo em sua direção, mas nem se mecheu (foi bem tansa a gata nessa hora), até que então, Xixi foi pega por trás, por um funcionário do Pet Shop, que a levou para ser presa dentro de uma gaiola para gatos. Deixaram ela presa até a noite, quando a soltaram porque tinha muuuitos gatos la. Sendo solta, Xixi, não tinha nem idéia pra onde iria! Andou pelo centro da cidade, e avistou um lugar cheio de luzes piscando, era luz vermelha dali, luz vermelha de la, gente gemendo, resolveu então ir espiar no que estava acontecendo kk. Viu então que era uma zona (vou ser bem direto ja, rs), a zona mais famosa daquele ramo, zona de animais, a famosa 'Zona's Cat'. Xixi, entrou lá. Entrando ja deu de cara com uma gata fazendo striptease. Xixi se sentiu em casa la vendo aquelas gatas ganhando dinheiro facil facil e fazendo o que mais ela mesmo adooorava fazer, sexo kk. (Xica tinha uma cara de uma gata santa, mais no fundo no fundo era bem safadinha).
Então, fez umas amizades la, umas gatas levaram ela para as ruas rodar bolsinha.
Ela adoooooooorava fazer aquilo, de hora em hora tinha clientes. Xixi chegava a ganhar por noite, de dois a 4 mil reais.
Até que uma bela noite, ela la, com sua bolsinha cor-de-rosa, se aproxima um carro! Abre o vidro e ela 'OOOOOOOOOOOOI, QUER FAZER UM PROGRAMA?'' era um cachorro, que a levou para um motel e ficaram até de manhã. Ele era dono de uma casa de shows, um bordel digamos assim. Ele fez uma proposta irrecusavel pra ela, dançar tooooda noite, ganhar muuuuuito dinheiro, ser uma gata conhecida e famosa. Ela aceitou e ficou por la, ganhando a vida como 'dançarina da noite'. dançava toooodos os tipos de músicas, funk e musica eletrônica era o que ela mais gostava.
(dai digamos que depois disso, os bichos se conheceram, sim? kk)

valeu, Tiago Luiz Feuzer



A galinha Suzana!

Suzana, é uma galinha que digamos combina com uma 'dona de casa' sempre foi uma galinha alegre, feliz com a vida. Mas de um tempo pra cá, depois de escutar uma conversa dos seus donos, ficou triste. Sua dona andou dizendo para seu marido, que 'AAAAAH ESSA GALINHA JÁ TA MUITO VELHA, TAMO PRECISANDO COMIDA NESSA CASA, DAQUI UNS DIAS VOU MATAR ELA'. Ouvindo isso ficou desesperada e sentiu um começo de depressão.
'MEEEEEEEEEEEUDEUS o que eu vou fazer, vou mooooooorrer, ó Deus' pensava Suzana.
Onde ela morava, tinha pelo menos umas quinze galinhas, todas com a sua mesma idade, todas prontas pra dar o seu pescoço para a morte.
Dona Maria, então pegou a primeira galinha e matou, a segunda, matou, a terceira, olha só matou também, meeeeudeus, a quarta matou também, quinta, sexta, sétima, oitava, nona, décima, décima primeira galinha, toooooodas mortas.
Então chegou meio dia, hora de Dona Maria e seu marido irem rangar. Um almoço bem rápido, porque a tarde teria mais assassinatos no galinheiro. Nesse tempo do almoço da velha e do velho, Suzana, a galinha desesperadíssima, ficou pensando como ia fugir. Pensou, pensou, pensou, pensou, e depois de pensar um mooooonte, viu que a anta da Dona Maria tinha deixado a porta do galinheiro um pouco aberta, 'EEEEEEETA MULHER BURRA' (risada maléfica), pensou a galinha.
Então, Suzana fugiu para um matagal que tinha perto da casa. Correu, correu, e chegou perto do centro da cidade.
       Susu (vou abreviar assim a Suzana kk), sentia que algo em si tinha mudado, não sentia mais aquela alegria de antes, aquela motivação que tinha tooodos os dias quando acordava (logo depois de transar com o frango Zé), ela tinha mudado. 'AAAAAH JÁ SEI, ESTOU COM DEPRESSÃO. (tive que ir por esse caminho dizendo que ela tava com depressão porque dai eu ia ter que inventar uma história e não sabia qual, kkkkk, mãããs continuando). Dai numa noite de terça-feira, Susu estava pelo centro da cidade, andando, quando avistou perto de uma escola abandonada, uma coisa se acendendo, (fogo), foi andando até lá, viu que tinha uns quatro caras. Ficou esperando até eles irem embora, passados dezenove minutos, os caras vazaram e Susu foi até lá. Chegando perto ela sentiu aquela brisa booooa no ar, maconha, digamos assim.
Tinha uns restinho de erva no chão, e uma caixinha de fórforo também. Susu não perdeu tempo e aceeeeeendeu ali mesmo, fumou fumou fumou fumou até não querer mais. Já era quase meia noite, Susu tava lá, zeeeeeeeeeen, dai deu um sono desgraçado nela depois e dormiu, dormiu muito, ali mesmo, na escola abandonada.
Chegou no dia seguinte, Suzana acordou, com dor de cabeça, mais com uma música do Bob Marley naaa cabeça, kkkk.
O final de Suzana foi a maconha, crack, cocaína, exctasy e lsd quando ia em festas e por ai vai. Até se internar numa clínica de reabilitação, onde ficou oito anos, dai saiu, e foi pra rua, pra ser alguma coisa na vida.
(dai digamos que depois disso os bichos se conheceram, sim? kk)

valeu, Tiago Luiz Feuzer





                                                         

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Nosso encontro de Sexta-Feira passada...

Queridíssimos Saltimbancos...

Conforme nosso encontro passado, estou postando o resultado da nossa conversa sobre as personagens, vale ressaltar que cada ator deverá utilizar estes elementos durante a composição da sua personagem. Quero dizer que nossa conversa foi muuito boa e consigo perceber que os ensaios a partir de agora serão muito melhores...

segue nossas definições:

O tipo ou gênero musical eleito para cada personagem foi:

- JUMENTO; Rap/ Zeca Baleiro
- CACHORRO; Rock de Protesto/ Titãs
- GALINHA; Romântico/ Músicas da AM
- GATA; Jazz/Blues

A profissão ou tipo social de cada personagem:

- JUMENTO; Catador de Lixo (papéis)
- CACHORRO; Milico skatista
- GALINHA; Dona de Casa
- GATA; Artista

Foi convesado também que podemos trabalhar com a produção de sons alternativos, corporais ou não e também a fabricação e utilização de instrumentos musicais improvisados feitos com material reciclável.

Abraços Saltimbânquicos!!!!!!!

Post do Kaio =D

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Amor animal.

Isso é uma prova de amor animal.
Quantas pessoas nesse mundo se julgam muito melhores do que um gato, dizem ter muito mais inteligência, força e garra, e quando vê, essas mesmas 'pessoas' que dizem isso, saem por ai matando inocentes.
Animais são seres humanos também, que tem sentimentos! Eles podem não dizer uma palavra como a gente, mas, transmitem muitas por um simples olhar.

(Tiago Luiz Feuzer)

terça-feira, 5 de abril de 2011

A Galinha Gertrudes (by Gi)

Gertrudes é uma vigorosa galinha caipira, de penas marrons e uma linda crista vermelha. Ela nasceu e se criou numa enorme fazenda. Ser uma galinha caipira (e não uma galinha de granja) foi uma grande vantagem na sua vida. Gertrudes podia ciscar livremente pelo gramado verdinho, podia comer pequenos insetos que encontrava pelo caminho, podia rolar na terra. Realmente ela gostava muito de fazer tudo isso.

Gertrudes teve uma infância feliz, ciscando de um lado para outro. Tudo ia bem, até o dia em que viu sua velha mãe ser estrangulada por Anastacia, a empregada da fazenda. Anastacia quebrou o pescoço da mãe de Gertrudes, depois a depenou e depois Trude (Trude é apelido de Gertrudes) não sabe o que aconteceu. Esse lamentável e cruel episódio marcou profundamente a infância de Trude. Ela ficou traumatizada e nunca mais teve uma noite de sono tranquilo.

O tempo foi passando, Gertrudes cresceu, começou a botar ovos, depois ficou choca e esperava ansiosa por seus pintinhos. Não demorou muito para nascer a ninhada. Ah como eram adoráveis! Gertrudes era uma mãe responsável e amorosa. Ensinou, com carinho, a seus filhotes andar pela fazenda, advertiu-lhes sobre o perigo que corriam caso aparecesse um gambá ou um gavião, mostrou-lhes o melhor lugar para se conseguir enormes gafanhotos.

Os pintinhos de Trude cresceram depressa e ela sentia-se orgulhosa e satisfeita em vê-los ciscando pelo pátio.

Mas novamente a desgraça se abate na vida de Gertrudes! Era um dia como outro qualquer, se não fosse pela malvada Anastacia que a mando do dono de Gertrudes, assassinou todos os seus filhotinhos. Um por um! Imaginem a dor que o pobre coração de Trude sentiu! Gertrudes, que faria qualquer coisa por seus filhinhos, preferia morrer no lugar deles. Trude estava pensando exatamente nisso, quando Anastacia veio para cima dela, tentando agarrá-la. Com certeza iria estrangular Gertrudes, assim como fizera com os filhos e a mãe dela.

Gertrudes sentiu tanta raiva de Anastacia e encontrou forças e agilidade para fugir. Anastacia, que já estava cansada, não conseguiu alcançar Trude. Trude fugiu pra nunca mais voltar...

Se Gertrudes fosse humana qual sua função na sociedade? Dona de casa.

Estilo musical: sertanejo universitário, musica gospel

O Cachorro Severino (by Gi)

Severino é um viralata de porte médio, com pelagem marrom e temperamento amigável e corajoso. Sua mãe, uma jovem cadela de rua, deu a luz, numa construção abandonada, a 5 adoráveis cãezinhos, entre eles Severino. Com o passar do tempo, uma bondosa senhora que morava ao lado da tal construção, percebeu a movimentação canina no local e passou a alimentar e cuidar da bicharada.

Não demorou muito e a tal bondosa senhora arranjou donos para todos os filhotes e decidiu ficar com a mamãe deles. Severino foi a último cão a ser adotado. Ele viu seus irmãozinhos pouco a pouco indo embora para um lar de verdade, sentia tristeza pelo fato de saber que nunca mais os veria. Sabia que não poderia ficar junto com sua mamãe, mas Severino já havia aceitado essa situação. E sentia esperança de também conseguir alguém que o adotasse.

Finalmente ghegou o dia em que Severino também conseguiu um dono. Seu dono era um jovem senhor, que fumava cigarros de palha, falava de modo firme e bem declarado e cheirava a peixe. Severino foi levado por esse senhor a uma pequena chacara com muito espaço para explorar e um lindo riacho, onde seu dono costumava pescar todas as tardes. Severino gostava de acompanhá-lo nessas pescarias. Ficava quietinho deitado na sombra de olho em cada peixe que era fisgado. No final da pescaria, seu dono permitia que Severino pulasse no riacho. O cão adorava nadar!

Severino era esperto e logo entendeu que pecisava tomar conta da chacara e de todas as coisas existentes nela, para isso foi adotado. Era seu dever proteger e cuidar do patrimônio, como recompensa tinha comida farta e um bom lugar para dormir. Severino também sentia-se útil quando seu dono brincava com ele, ensinando-lhe truques que depois exibiam com orgulho para os amigos. No início Severino gostava de toda aquela palhaçada de fingir-se de morto, rolar, dar a patinha etc, mas depois foi cansando dos truques baratos. Só os fazia em consideração e lealdade ao dono.

Pouco tempo depois, apareceu na chacara um filhote de labrador. Severino não sabe se o pequeno labrador foi presente ou se o seu dono o comprou. Mas começa a perceber que toda a atenção agora é dada ao tal filhote. Seu dono não mais o chama para fazer aqueles truques bobos, ou para a pescaria, seguida de banho no riacho. Quem agora acompanha o homem é o tal labradorzinho que tornou-se o xodó de todos.

Certo dia Severino alegra-se ao ser chamado por seu dono para um passeio até a cidade. Ah quanto tempo não faziam isso! Foram de carro. Chegando no centro da cidade, seu dono parou o carro, tirou Severino de dentro, entrou novamente no carro, fechou a porta e partiu. Severino ficou ali parado. Olhando sem entender. Ou sem querer entender...

Se fosse humano, qual a função de Severino na sociedade? Seria um trabalhador com salário relativamente baixo, sem ensino superior, ou com ensino superior mas pouco valorizado...

Estilo musical: Blues

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Gatinha Sofia (by Gi)

Sofia é uma charmosa gata de olhos azuis e pelagem branca muito brilhante. Ela nasceu numa ninhada de 7 gatos. Por mais que tente, não consegue lembrar muita coisa sobre sua mãe e seus irmãozinhos. Quando ainda era muito novinha, Sofia foi levada pela dona de sua mãe até uma loja de animais, pet shop. Colocaram-na numa gaiola minúscula, forrada com jornais, som uma pequena tigela com água num canto e uma tigela ainda menor com ração num outro canto. Nada de almofada, nada de brinquedos, nada de companhia.


Muitos foram os dias em que Sofia chorou de saudades de seus serelepes irmãozinhos e de sua carinhosa mamãe. Muitas foram as vezes em que Sofia sentiu medo, solidão e fome (os funcionários da loja frequentemente esqueciam de dar-lhe ração). Sentiu muita raiva também. Raiva de crianças mal educadas que costumavam frequentar o pet shop. As tais crianças posicionavam-se em frente a gaiola de sofia e tentavam tocá-la, por muitas vezes chegavam a puxar seu pêlo. Pediam para suas mães comprar Sofia. Choravam e esperneavam gritando quando o pedido era negado. Sofia, que não gosta de crianças, sempre torcia para ser comprada por alguma madame chique e sem filhos.

E foi exatamente o que aconteceu. Certo dia uma mulher de meia idade, vestida com roupas de grife, maquiada de forma um tanto exagerada e cheirando perfume francês, entrou na loja decidida a comprar uma companhia. Bateu os olhos na charmosa Sofia e teve certeza de que era ela o bichinho de estimação que estava procurando.

Foi assim que Sofia deixou sua minúscula e malcheirosa gaiola na loja de animais e se mudou para um luxuoso apartamento no bairro mais nobre da cidade. O novo lar de Sofia era espaçoso e confortável. Depois de correr, subir nos móveis, explorar esconderijos, Sofia sempre sentia muito cansaço e sono. Seus dias resumiam-se em brincar pelo apartamento e depois dormir confortavelmente em macias e grandes almofadas.

De vez em quando sua dona a levava no pet shop e davam-lhe banho. Sofia não gostava de banho não! Reclamava e arranhava a funcionária do pet shop. Um dia Sofia conseguiu escapar, pulou do tanque e conquistou rapidamente a porta que dava para o quintal nos fundos da loja.

Sofia, que nunca antes havia tido contato com a grama e com a terra úmida, ficou tão feliz que não sabia o que fazer. Corria de um lado para outro, subia nas árvores, rolava no gramado e na terra, cheirava tudo. Sentia cheiros diferentes. Cheiro de natureza. Cheiro de liberdade. Essa foi a primeira vez em que sofia sentiu vontade de ser independente. queria ser livre. Estava ainda sonhando com essa tal liberdade, quando a moça funcionária do pet shop conseguiu apanhá-la.

Depois deste episódio, Sofia nunca mais viu com os mesmos olhos o apartamente onde morava. Antes espaçoso e confortável, agora uma prisão. De certa forma, para Sofia, agora o apartamento se tornara uma versão luxuosa da pequena gaiola no pet shop onde passou a maior parte da sua infância. Nada de liberdade. Sofia queria sair, sentir o cheiro da natureza, rolar no chão de terra, subir em árvores, caçar pequenos insetos, conhecer outros gatos... Enfim, queria ser livre!

Se Sofia fosse humana qual sua função na sociedade? Artista. Ou então esposa de um rico empresário.
Estilo musical: musica erudita.
Musica que lembra a Sofia: Malandragem - Cassia Eller

O Jumento Joaquim (by Gi)

Joaquim é um belo jumento que nasceu em um sítio não muito distante da cidade. Desde pequeno, junto com sua mãe, já acompanhava seu dono até o centro onde faziam compras. Joaquim, ainda filhote, e sua mãe Jacira, voltavam para o sítio com o lombo dolorido devido o peso exagerado das mercadorias que eram obrigados a transportar. Nas horas livres, Joaquim gostava de cavalgar pelo pasto de grama verdinha, beber água no riacho e brincar com seu amigo Reginaldo, um pônei ingênuo e engraçado. Um dia chegou no sítio um enorme caminhão que levou Reginaldo. Para onde? Ah, isso Joaquim nunca soube. Mas Joaquim sempre lembra com carinho do seu primeiro amigo. Com o passar do tempo, Jacira, já velhinha, não aguentava mais a viagem até a cidade. Então Joaquim passou a fazer sozinho todo o transporte de mercadorias. Embora fosse quase um jumento adulto, Joaquim sofria com o excesso de peso. Sua coluna doia, também sentia dores terríveis nos joelhos. Seu dono era um homem ignorante e sofria de mal humor cronico. Joaquim não lembra de ter recebido carinho daquele homem uma unica vez na vida. Só recebia chicotadas e xingamentos. Certo dia, seu dono acordou cedo, foi até o curral chamar Joaquim para irem a cidade. Joaquim não estava no curral. Joaquim não estava no sítio. Joaquim fugiu pra nunca mais voltar.

Se Joaquim fosse humano, qual a sua função na sociedade? Trabalhador braçal.
Estilo musical: Pagode, sertanejo, forró.
Musica que lembra Joaquim: Musica de Trabalho - Legião Urbana

ooi ooi! é legal o vídeo, ehuahue

(Tiago Luiz Feuzer)

segunda-feira, 28 de março de 2011

O Dia em que fui galinha (LITERALMENTE!)

Irei relatar aqui o dia em que eu, Gisele Ferran, deixei de ser um ser humano por alguns minutos para experimentar ser uma galinha.
A galinha que eu sempre sonhei ser, era uma daquelas galinhas com a penagem branca (estilo galinhas de granja). Sempre achei as galinhas brancas mais estilosas e bonitinhas. Mas quando me olhei, notei que minhas penas eram marrons, eu havia me tornado uma galinha caipira. Fazer o quê? O jeito foi me conformar com minha cor e seguir em frente. Com o passar do tempo fui me acostumando com o marrom de minhas penas e comecei a gostar... A postura do meu corpo, antes ereta, agora havia se tornado diferente... Projetei minha coluna para frente, meio arqueada, peito aberto, meus braços agora se tornaram asas e ficavam para trás seguindo a linha da minha coluna, a ponta de minhas asas ficava numa parte de meu corpo que quando eu era humana eu chamva de cintura... Minhas pernas, antes retas, agora meio que dobravam para acompanhar o meu novo corpo, a minha nova postura... Quando me acostumei com o meu corpo de galinha, decidi explorar o ambiente. Saí por aí no meu mais novo jeito galináceo de andar. Estava curtindo tanto que resolvi dar umas ciscadinhas. A sensação era gostosa. Estava descobrindo coisas novas, novas possibilidades de realizar uma simples caminhada. Ciscando aqui e ali, percebo que não estou sozinha. Sinto a presença de duas novas criaturas. E essas criaturas também não são humanas! Eu fico curiosa em descobrir que tipo de seres são aqueles. Estico o pescoço para chegar um pouco mais perto e procurar ver melhor. Arregalo meus olhos. viro um pouquinho a cabeça para ver de outro angulo. Parecem ser cachorros... sim, são 2 cachorrões!! Sinto um pouco de medo deles. Um deles se aproxima e o medo aumenta. Ele me cheira, eu me afasto. O outro também se aproxima, latindo pra mim. Sinto muito medo e fujo. Fujo de costas, meio de lado, porque mesmo sentindo medo, continuo curiosa querendo entender como os cachorros se comportam. Eles ficam latindo e me encarando. Então eu percebo que, se eles fossem realmente tão valentões como eu imaginava, eles já teriam me mordido. Meu medo vai passando. Então resolvo me afastar um pouco deles para explorar um pouco mais o ambiente. Descubro comida logo adiante. Leite não me agrada muito. Então avisto uma tigela com ração canina. Até que sinto vontade de comer a ração, mas o prato seguinte me chama mais atenção, nele tem alface. Eu já ia dando umas boas bicadas naquela alface verdejante, quando avisto um prato com centenas de grãos de milho. Ahhh que delícia! Corro para o milho. Dou uma boa bicada, pegando alguns grãos que logo mastigo... MASTIGO??? opa, galinha não tem dentes!!! Me dou conta que não sou mais humana, não tenho mais meus tão potentes dentinhos... Quero fazer as coisas certas, como devem ser. Então dou mais algumas bicadas, sentindo varios grãozinhos de milho no meu bico adentro, estico um pouco o pescoço e engulo tudinho, como uma galinha deve fazer. Fiquei satisfeita com meu novo jeito de me alimentar. Ah como é bom encher o papo! Senti vontade de comer outras coisas, experimentar aquela ração canina. Percebo que os pulguentos estão brigando, rosnando pela ração. Minha gula é tanta que resolvo entrar na disputa. Me aproximo ao poucos, com cuidado, sempre esticando o pescoço e arregalando meus olhinhos redondos a fim de enxergar melhor. Quando chego bem pertinho, um dos cães, o mais encorpado deles, pega o pote da ração com a bocona cheia de dentes afiados e sai correndo... safado! Ah, mas eu não deixo que fique por isso mesmo não! Saio correndo com minhas perninhas curtinhas de galinha e logo alcanço o pulguento! Me aproximo e dou umas boas bicadas nele! Como é bom ter um bico tão vigoroso e potente! Ele sentiu minhas bicadas, e fez um movimento brusco, onde sacudiu a tigela de ração, deixando cair alguns grãos. Ignorei a presença do animal peludo e cisquei em busca de alguns grãzinhos de ração. Foi quando vi o outro cachorro ali perto. Ele não estava mais interessado na comida. Parecia cansado. Se enrolou num montinho de pelos, se "aninhando" no chão. Também senti vontade de descansar um pouco. Mas como eu ainda não havia me deitado com esse meu novo corpo, fiquei na duvida de como fazer. Tentei achar uma posição confortável e compativel com meu corpo de galinácea. Foi complicado, não consegui me ajeitar muito bem nessa primeira tentativa, então me levanto meio decepcionada. Mas fico feliz ao avistar um ninho logo a frente. Sempre com uns movimentos caracteristicos de cabeça, vou andando e ciscando em direção do ninho. Ah que ninho macio! Penso que o momento é propício para eu botar meu primeiro ovo. Quando eu estou aninhada numa posição bem confortável (e fico feliz que descobri essa posição), eu sinto o ovo dentro de mim querendo sair. Sim, preciso colocar pra fora, sinto o ovo descendo pelas minhas entranhas aviárias, isso causa um pouco de desconforto que vai se tornando mais intenso, chegando numa leve dor... nesse momento cacarejo... a dor aumenta e eu cacarejo mais forte... minhas pobres entranhas galináceas parecem queimar, faço força e empurro o ovo pra fora... ufa, saiu tudo!!! Então, eu que quando era humana pensava que galinhas depois de botar ovos cacarejavam de felicidade, agora percebo que elas cacarejam para xingar. A dor foi tão grande que sinto vontade de xingar o mundo!! Eu cacarejo xingando os outro bichos que não precisam botar ovos (mas tudo em linguagem galinhar, claro)... estou cacarejando xingando os cães que não tem essa vida tão dificil igual a minha... cacarejo reclamando da dor que senti ao botar meu lindo ovo (olho pro ovo e percebo que ele é azul, tão bonitinho)... Então sinto vontade de me aninhar em cima do ovo, aquecê-lo, quem sabe ele vira um filhotinho... Ah como seria bom eu ter um pintinho pra cuidar! Já não estou mais zangada por conta da dor que senti. Tudo o que quero agora é chocar meu lindo ovo azul. Fico ali parada, feliz e esperançosa por alguns segundo, quando ouço uma voz que diz que é pra eu voltar... voltar a ser a pessoa humana.... Me dou conta que preciso voltar a ser a Gi, então eu volto... Mas guardarei pra sempre na lembrança essa nova experiência... Ser galinha foi ótimo!