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segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Gatinha Sofia (by Gi)

Sofia é uma charmosa gata de olhos azuis e pelagem branca muito brilhante. Ela nasceu numa ninhada de 7 gatos. Por mais que tente, não consegue lembrar muita coisa sobre sua mãe e seus irmãozinhos. Quando ainda era muito novinha, Sofia foi levada pela dona de sua mãe até uma loja de animais, pet shop. Colocaram-na numa gaiola minúscula, forrada com jornais, som uma pequena tigela com água num canto e uma tigela ainda menor com ração num outro canto. Nada de almofada, nada de brinquedos, nada de companhia.


Muitos foram os dias em que Sofia chorou de saudades de seus serelepes irmãozinhos e de sua carinhosa mamãe. Muitas foram as vezes em que Sofia sentiu medo, solidão e fome (os funcionários da loja frequentemente esqueciam de dar-lhe ração). Sentiu muita raiva também. Raiva de crianças mal educadas que costumavam frequentar o pet shop. As tais crianças posicionavam-se em frente a gaiola de sofia e tentavam tocá-la, por muitas vezes chegavam a puxar seu pêlo. Pediam para suas mães comprar Sofia. Choravam e esperneavam gritando quando o pedido era negado. Sofia, que não gosta de crianças, sempre torcia para ser comprada por alguma madame chique e sem filhos.

E foi exatamente o que aconteceu. Certo dia uma mulher de meia idade, vestida com roupas de grife, maquiada de forma um tanto exagerada e cheirando perfume francês, entrou na loja decidida a comprar uma companhia. Bateu os olhos na charmosa Sofia e teve certeza de que era ela o bichinho de estimação que estava procurando.

Foi assim que Sofia deixou sua minúscula e malcheirosa gaiola na loja de animais e se mudou para um luxuoso apartamento no bairro mais nobre da cidade. O novo lar de Sofia era espaçoso e confortável. Depois de correr, subir nos móveis, explorar esconderijos, Sofia sempre sentia muito cansaço e sono. Seus dias resumiam-se em brincar pelo apartamento e depois dormir confortavelmente em macias e grandes almofadas.

De vez em quando sua dona a levava no pet shop e davam-lhe banho. Sofia não gostava de banho não! Reclamava e arranhava a funcionária do pet shop. Um dia Sofia conseguiu escapar, pulou do tanque e conquistou rapidamente a porta que dava para o quintal nos fundos da loja.

Sofia, que nunca antes havia tido contato com a grama e com a terra úmida, ficou tão feliz que não sabia o que fazer. Corria de um lado para outro, subia nas árvores, rolava no gramado e na terra, cheirava tudo. Sentia cheiros diferentes. Cheiro de natureza. Cheiro de liberdade. Essa foi a primeira vez em que sofia sentiu vontade de ser independente. queria ser livre. Estava ainda sonhando com essa tal liberdade, quando a moça funcionária do pet shop conseguiu apanhá-la.

Depois deste episódio, Sofia nunca mais viu com os mesmos olhos o apartamente onde morava. Antes espaçoso e confortável, agora uma prisão. De certa forma, para Sofia, agora o apartamento se tornara uma versão luxuosa da pequena gaiola no pet shop onde passou a maior parte da sua infância. Nada de liberdade. Sofia queria sair, sentir o cheiro da natureza, rolar no chão de terra, subir em árvores, caçar pequenos insetos, conhecer outros gatos... Enfim, queria ser livre!

Se Sofia fosse humana qual sua função na sociedade? Artista. Ou então esposa de um rico empresário.
Estilo musical: musica erudita.
Musica que lembra a Sofia: Malandragem - Cassia Eller

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