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segunda-feira, 28 de março de 2011

O Dia em que fui galinha (LITERALMENTE!)

Irei relatar aqui o dia em que eu, Gisele Ferran, deixei de ser um ser humano por alguns minutos para experimentar ser uma galinha.
A galinha que eu sempre sonhei ser, era uma daquelas galinhas com a penagem branca (estilo galinhas de granja). Sempre achei as galinhas brancas mais estilosas e bonitinhas. Mas quando me olhei, notei que minhas penas eram marrons, eu havia me tornado uma galinha caipira. Fazer o quê? O jeito foi me conformar com minha cor e seguir em frente. Com o passar do tempo fui me acostumando com o marrom de minhas penas e comecei a gostar... A postura do meu corpo, antes ereta, agora havia se tornado diferente... Projetei minha coluna para frente, meio arqueada, peito aberto, meus braços agora se tornaram asas e ficavam para trás seguindo a linha da minha coluna, a ponta de minhas asas ficava numa parte de meu corpo que quando eu era humana eu chamva de cintura... Minhas pernas, antes retas, agora meio que dobravam para acompanhar o meu novo corpo, a minha nova postura... Quando me acostumei com o meu corpo de galinha, decidi explorar o ambiente. Saí por aí no meu mais novo jeito galináceo de andar. Estava curtindo tanto que resolvi dar umas ciscadinhas. A sensação era gostosa. Estava descobrindo coisas novas, novas possibilidades de realizar uma simples caminhada. Ciscando aqui e ali, percebo que não estou sozinha. Sinto a presença de duas novas criaturas. E essas criaturas também não são humanas! Eu fico curiosa em descobrir que tipo de seres são aqueles. Estico o pescoço para chegar um pouco mais perto e procurar ver melhor. Arregalo meus olhos. viro um pouquinho a cabeça para ver de outro angulo. Parecem ser cachorros... sim, são 2 cachorrões!! Sinto um pouco de medo deles. Um deles se aproxima e o medo aumenta. Ele me cheira, eu me afasto. O outro também se aproxima, latindo pra mim. Sinto muito medo e fujo. Fujo de costas, meio de lado, porque mesmo sentindo medo, continuo curiosa querendo entender como os cachorros se comportam. Eles ficam latindo e me encarando. Então eu percebo que, se eles fossem realmente tão valentões como eu imaginava, eles já teriam me mordido. Meu medo vai passando. Então resolvo me afastar um pouco deles para explorar um pouco mais o ambiente. Descubro comida logo adiante. Leite não me agrada muito. Então avisto uma tigela com ração canina. Até que sinto vontade de comer a ração, mas o prato seguinte me chama mais atenção, nele tem alface. Eu já ia dando umas boas bicadas naquela alface verdejante, quando avisto um prato com centenas de grãos de milho. Ahhh que delícia! Corro para o milho. Dou uma boa bicada, pegando alguns grãos que logo mastigo... MASTIGO??? opa, galinha não tem dentes!!! Me dou conta que não sou mais humana, não tenho mais meus tão potentes dentinhos... Quero fazer as coisas certas, como devem ser. Então dou mais algumas bicadas, sentindo varios grãozinhos de milho no meu bico adentro, estico um pouco o pescoço e engulo tudinho, como uma galinha deve fazer. Fiquei satisfeita com meu novo jeito de me alimentar. Ah como é bom encher o papo! Senti vontade de comer outras coisas, experimentar aquela ração canina. Percebo que os pulguentos estão brigando, rosnando pela ração. Minha gula é tanta que resolvo entrar na disputa. Me aproximo ao poucos, com cuidado, sempre esticando o pescoço e arregalando meus olhinhos redondos a fim de enxergar melhor. Quando chego bem pertinho, um dos cães, o mais encorpado deles, pega o pote da ração com a bocona cheia de dentes afiados e sai correndo... safado! Ah, mas eu não deixo que fique por isso mesmo não! Saio correndo com minhas perninhas curtinhas de galinha e logo alcanço o pulguento! Me aproximo e dou umas boas bicadas nele! Como é bom ter um bico tão vigoroso e potente! Ele sentiu minhas bicadas, e fez um movimento brusco, onde sacudiu a tigela de ração, deixando cair alguns grãos. Ignorei a presença do animal peludo e cisquei em busca de alguns grãzinhos de ração. Foi quando vi o outro cachorro ali perto. Ele não estava mais interessado na comida. Parecia cansado. Se enrolou num montinho de pelos, se "aninhando" no chão. Também senti vontade de descansar um pouco. Mas como eu ainda não havia me deitado com esse meu novo corpo, fiquei na duvida de como fazer. Tentei achar uma posição confortável e compativel com meu corpo de galinácea. Foi complicado, não consegui me ajeitar muito bem nessa primeira tentativa, então me levanto meio decepcionada. Mas fico feliz ao avistar um ninho logo a frente. Sempre com uns movimentos caracteristicos de cabeça, vou andando e ciscando em direção do ninho. Ah que ninho macio! Penso que o momento é propício para eu botar meu primeiro ovo. Quando eu estou aninhada numa posição bem confortável (e fico feliz que descobri essa posição), eu sinto o ovo dentro de mim querendo sair. Sim, preciso colocar pra fora, sinto o ovo descendo pelas minhas entranhas aviárias, isso causa um pouco de desconforto que vai se tornando mais intenso, chegando numa leve dor... nesse momento cacarejo... a dor aumenta e eu cacarejo mais forte... minhas pobres entranhas galináceas parecem queimar, faço força e empurro o ovo pra fora... ufa, saiu tudo!!! Então, eu que quando era humana pensava que galinhas depois de botar ovos cacarejavam de felicidade, agora percebo que elas cacarejam para xingar. A dor foi tão grande que sinto vontade de xingar o mundo!! Eu cacarejo xingando os outro bichos que não precisam botar ovos (mas tudo em linguagem galinhar, claro)... estou cacarejando xingando os cães que não tem essa vida tão dificil igual a minha... cacarejo reclamando da dor que senti ao botar meu lindo ovo (olho pro ovo e percebo que ele é azul, tão bonitinho)... Então sinto vontade de me aninhar em cima do ovo, aquecê-lo, quem sabe ele vira um filhotinho... Ah como seria bom eu ter um pintinho pra cuidar! Já não estou mais zangada por conta da dor que senti. Tudo o que quero agora é chocar meu lindo ovo azul. Fico ali parada, feliz e esperançosa por alguns segundo, quando ouço uma voz que diz que é pra eu voltar... voltar a ser a pessoa humana.... Me dou conta que preciso voltar a ser a Gi, então eu volto... Mas guardarei pra sempre na lembrança essa nova experiência... Ser galinha foi ótimo!

2 comentários:

  1. deeeeemais gí, muuuuuito bom, voce realmente tava uma galinha, assanhadinha, hihi, e linda, maaaara

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  2. tudo de bom seu relato xuxuuu!!!!
    ri horrores... e no exercício tava show tbm... =D
    kaio

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