Curiosos que visitaram o Blog

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Amor animal.

Isso é uma prova de amor animal.
Quantas pessoas nesse mundo se julgam muito melhores do que um gato, dizem ter muito mais inteligência, força e garra, e quando vê, essas mesmas 'pessoas' que dizem isso, saem por ai matando inocentes.
Animais são seres humanos também, que tem sentimentos! Eles podem não dizer uma palavra como a gente, mas, transmitem muitas por um simples olhar.

(Tiago Luiz Feuzer)

terça-feira, 5 de abril de 2011

A Galinha Gertrudes (by Gi)

Gertrudes é uma vigorosa galinha caipira, de penas marrons e uma linda crista vermelha. Ela nasceu e se criou numa enorme fazenda. Ser uma galinha caipira (e não uma galinha de granja) foi uma grande vantagem na sua vida. Gertrudes podia ciscar livremente pelo gramado verdinho, podia comer pequenos insetos que encontrava pelo caminho, podia rolar na terra. Realmente ela gostava muito de fazer tudo isso.

Gertrudes teve uma infância feliz, ciscando de um lado para outro. Tudo ia bem, até o dia em que viu sua velha mãe ser estrangulada por Anastacia, a empregada da fazenda. Anastacia quebrou o pescoço da mãe de Gertrudes, depois a depenou e depois Trude (Trude é apelido de Gertrudes) não sabe o que aconteceu. Esse lamentável e cruel episódio marcou profundamente a infância de Trude. Ela ficou traumatizada e nunca mais teve uma noite de sono tranquilo.

O tempo foi passando, Gertrudes cresceu, começou a botar ovos, depois ficou choca e esperava ansiosa por seus pintinhos. Não demorou muito para nascer a ninhada. Ah como eram adoráveis! Gertrudes era uma mãe responsável e amorosa. Ensinou, com carinho, a seus filhotes andar pela fazenda, advertiu-lhes sobre o perigo que corriam caso aparecesse um gambá ou um gavião, mostrou-lhes o melhor lugar para se conseguir enormes gafanhotos.

Os pintinhos de Trude cresceram depressa e ela sentia-se orgulhosa e satisfeita em vê-los ciscando pelo pátio.

Mas novamente a desgraça se abate na vida de Gertrudes! Era um dia como outro qualquer, se não fosse pela malvada Anastacia que a mando do dono de Gertrudes, assassinou todos os seus filhotinhos. Um por um! Imaginem a dor que o pobre coração de Trude sentiu! Gertrudes, que faria qualquer coisa por seus filhinhos, preferia morrer no lugar deles. Trude estava pensando exatamente nisso, quando Anastacia veio para cima dela, tentando agarrá-la. Com certeza iria estrangular Gertrudes, assim como fizera com os filhos e a mãe dela.

Gertrudes sentiu tanta raiva de Anastacia e encontrou forças e agilidade para fugir. Anastacia, que já estava cansada, não conseguiu alcançar Trude. Trude fugiu pra nunca mais voltar...

Se Gertrudes fosse humana qual sua função na sociedade? Dona de casa.

Estilo musical: sertanejo universitário, musica gospel

O Cachorro Severino (by Gi)

Severino é um viralata de porte médio, com pelagem marrom e temperamento amigável e corajoso. Sua mãe, uma jovem cadela de rua, deu a luz, numa construção abandonada, a 5 adoráveis cãezinhos, entre eles Severino. Com o passar do tempo, uma bondosa senhora que morava ao lado da tal construção, percebeu a movimentação canina no local e passou a alimentar e cuidar da bicharada.

Não demorou muito e a tal bondosa senhora arranjou donos para todos os filhotes e decidiu ficar com a mamãe deles. Severino foi a último cão a ser adotado. Ele viu seus irmãozinhos pouco a pouco indo embora para um lar de verdade, sentia tristeza pelo fato de saber que nunca mais os veria. Sabia que não poderia ficar junto com sua mamãe, mas Severino já havia aceitado essa situação. E sentia esperança de também conseguir alguém que o adotasse.

Finalmente ghegou o dia em que Severino também conseguiu um dono. Seu dono era um jovem senhor, que fumava cigarros de palha, falava de modo firme e bem declarado e cheirava a peixe. Severino foi levado por esse senhor a uma pequena chacara com muito espaço para explorar e um lindo riacho, onde seu dono costumava pescar todas as tardes. Severino gostava de acompanhá-lo nessas pescarias. Ficava quietinho deitado na sombra de olho em cada peixe que era fisgado. No final da pescaria, seu dono permitia que Severino pulasse no riacho. O cão adorava nadar!

Severino era esperto e logo entendeu que pecisava tomar conta da chacara e de todas as coisas existentes nela, para isso foi adotado. Era seu dever proteger e cuidar do patrimônio, como recompensa tinha comida farta e um bom lugar para dormir. Severino também sentia-se útil quando seu dono brincava com ele, ensinando-lhe truques que depois exibiam com orgulho para os amigos. No início Severino gostava de toda aquela palhaçada de fingir-se de morto, rolar, dar a patinha etc, mas depois foi cansando dos truques baratos. Só os fazia em consideração e lealdade ao dono.

Pouco tempo depois, apareceu na chacara um filhote de labrador. Severino não sabe se o pequeno labrador foi presente ou se o seu dono o comprou. Mas começa a perceber que toda a atenção agora é dada ao tal filhote. Seu dono não mais o chama para fazer aqueles truques bobos, ou para a pescaria, seguida de banho no riacho. Quem agora acompanha o homem é o tal labradorzinho que tornou-se o xodó de todos.

Certo dia Severino alegra-se ao ser chamado por seu dono para um passeio até a cidade. Ah quanto tempo não faziam isso! Foram de carro. Chegando no centro da cidade, seu dono parou o carro, tirou Severino de dentro, entrou novamente no carro, fechou a porta e partiu. Severino ficou ali parado. Olhando sem entender. Ou sem querer entender...

Se fosse humano, qual a função de Severino na sociedade? Seria um trabalhador com salário relativamente baixo, sem ensino superior, ou com ensino superior mas pouco valorizado...

Estilo musical: Blues

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Gatinha Sofia (by Gi)

Sofia é uma charmosa gata de olhos azuis e pelagem branca muito brilhante. Ela nasceu numa ninhada de 7 gatos. Por mais que tente, não consegue lembrar muita coisa sobre sua mãe e seus irmãozinhos. Quando ainda era muito novinha, Sofia foi levada pela dona de sua mãe até uma loja de animais, pet shop. Colocaram-na numa gaiola minúscula, forrada com jornais, som uma pequena tigela com água num canto e uma tigela ainda menor com ração num outro canto. Nada de almofada, nada de brinquedos, nada de companhia.


Muitos foram os dias em que Sofia chorou de saudades de seus serelepes irmãozinhos e de sua carinhosa mamãe. Muitas foram as vezes em que Sofia sentiu medo, solidão e fome (os funcionários da loja frequentemente esqueciam de dar-lhe ração). Sentiu muita raiva também. Raiva de crianças mal educadas que costumavam frequentar o pet shop. As tais crianças posicionavam-se em frente a gaiola de sofia e tentavam tocá-la, por muitas vezes chegavam a puxar seu pêlo. Pediam para suas mães comprar Sofia. Choravam e esperneavam gritando quando o pedido era negado. Sofia, que não gosta de crianças, sempre torcia para ser comprada por alguma madame chique e sem filhos.

E foi exatamente o que aconteceu. Certo dia uma mulher de meia idade, vestida com roupas de grife, maquiada de forma um tanto exagerada e cheirando perfume francês, entrou na loja decidida a comprar uma companhia. Bateu os olhos na charmosa Sofia e teve certeza de que era ela o bichinho de estimação que estava procurando.

Foi assim que Sofia deixou sua minúscula e malcheirosa gaiola na loja de animais e se mudou para um luxuoso apartamento no bairro mais nobre da cidade. O novo lar de Sofia era espaçoso e confortável. Depois de correr, subir nos móveis, explorar esconderijos, Sofia sempre sentia muito cansaço e sono. Seus dias resumiam-se em brincar pelo apartamento e depois dormir confortavelmente em macias e grandes almofadas.

De vez em quando sua dona a levava no pet shop e davam-lhe banho. Sofia não gostava de banho não! Reclamava e arranhava a funcionária do pet shop. Um dia Sofia conseguiu escapar, pulou do tanque e conquistou rapidamente a porta que dava para o quintal nos fundos da loja.

Sofia, que nunca antes havia tido contato com a grama e com a terra úmida, ficou tão feliz que não sabia o que fazer. Corria de um lado para outro, subia nas árvores, rolava no gramado e na terra, cheirava tudo. Sentia cheiros diferentes. Cheiro de natureza. Cheiro de liberdade. Essa foi a primeira vez em que sofia sentiu vontade de ser independente. queria ser livre. Estava ainda sonhando com essa tal liberdade, quando a moça funcionária do pet shop conseguiu apanhá-la.

Depois deste episódio, Sofia nunca mais viu com os mesmos olhos o apartamente onde morava. Antes espaçoso e confortável, agora uma prisão. De certa forma, para Sofia, agora o apartamento se tornara uma versão luxuosa da pequena gaiola no pet shop onde passou a maior parte da sua infância. Nada de liberdade. Sofia queria sair, sentir o cheiro da natureza, rolar no chão de terra, subir em árvores, caçar pequenos insetos, conhecer outros gatos... Enfim, queria ser livre!

Se Sofia fosse humana qual sua função na sociedade? Artista. Ou então esposa de um rico empresário.
Estilo musical: musica erudita.
Musica que lembra a Sofia: Malandragem - Cassia Eller

O Jumento Joaquim (by Gi)

Joaquim é um belo jumento que nasceu em um sítio não muito distante da cidade. Desde pequeno, junto com sua mãe, já acompanhava seu dono até o centro onde faziam compras. Joaquim, ainda filhote, e sua mãe Jacira, voltavam para o sítio com o lombo dolorido devido o peso exagerado das mercadorias que eram obrigados a transportar. Nas horas livres, Joaquim gostava de cavalgar pelo pasto de grama verdinha, beber água no riacho e brincar com seu amigo Reginaldo, um pônei ingênuo e engraçado. Um dia chegou no sítio um enorme caminhão que levou Reginaldo. Para onde? Ah, isso Joaquim nunca soube. Mas Joaquim sempre lembra com carinho do seu primeiro amigo. Com o passar do tempo, Jacira, já velhinha, não aguentava mais a viagem até a cidade. Então Joaquim passou a fazer sozinho todo o transporte de mercadorias. Embora fosse quase um jumento adulto, Joaquim sofria com o excesso de peso. Sua coluna doia, também sentia dores terríveis nos joelhos. Seu dono era um homem ignorante e sofria de mal humor cronico. Joaquim não lembra de ter recebido carinho daquele homem uma unica vez na vida. Só recebia chicotadas e xingamentos. Certo dia, seu dono acordou cedo, foi até o curral chamar Joaquim para irem a cidade. Joaquim não estava no curral. Joaquim não estava no sítio. Joaquim fugiu pra nunca mais voltar.

Se Joaquim fosse humano, qual a sua função na sociedade? Trabalhador braçal.
Estilo musical: Pagode, sertanejo, forró.
Musica que lembra Joaquim: Musica de Trabalho - Legião Urbana

ooi ooi! é legal o vídeo, ehuahue

(Tiago Luiz Feuzer)